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Universidade de Viena Propõe Novo Modelo Para Matéria Escura e Gravidade Quântica

A Universidade de Viena anunciou nesta semana um estudo que pode mudar a forma como entendemos a matéria escura e as leis fundamentais que regem o espaço-tempo. A pesquisa, conduzida por três equipes da instituição, propõe um modelo que conecta o colapso de estrelas à estrutura mais íntima do universo, sugerindo que o espaço-tempo é composto por unidades mínimas, como se fossem “pixels”.

Segundo os pesquisadores, a proposta pode oferecer respostas para duas das questões mais antigas da física moderna: o que é a matéria escura e como unificar a gravidade com as leis da mecânica quântica.

O conceito central apresentado pela equipe é tratar o espaço-tempo como uma rede discreta de pequenas unidades geométricas. Essas unidades, chamadas informalmente de “pixels”, interagiriam de maneira sutil com partículas e campos de energia, ajustando sua estrutura conforme a presença de matéria.

De acordo com Sebastian Deiber, um dos responsáveis pelo projeto, a ideia permite simular efeitos de gravidade quântica em laboratório e criar previsões mais precisas sobre como a matéria escura influencia a curvatura do universo. “Cada partícula afeta o tecido do espaço-tempo ao seu redor. Entender isso em escala quântica pode nos dar pistas sobre o que compõe a maior parte da matéria invisível do cosmos”, afirmou.

Atualmente, a matéria escura é uma das maiores incógnitas da astrofísica. Sua presença é detectada indiretamente por meio de efeitos gravitacionais, como as lentes gravitacionais e a rotação de galáxias, mas nenhuma partícula responsável por ela foi identificada até hoje.

O novo modelo sugere que a própria estrutura do espaço-tempo, ao se ajustar à presença de partículas quânticas, poderia produzir efeitos semelhantes aos atribuídos à matéria escura. Isso eliminaria a necessidade de postular partículas invisíveis como axions ou WIMPs, largamente procuradas sem sucesso nas últimas décadas.

Para validar a teoria, os pesquisadores pretendem cruzar suas previsões com dados do telescópio Euclid, da Agência Espacial Europeia, e do Alpha Magnetic Spectrometer, instalado na Estação Espacial Internacional. Também estão previstas experiências em laboratório, usando técnicas de interferometria quântica para simular os efeitos gravitacionais em partículas massivas.

Josef Pradler, outro autor do estudo, reforça a importância desse trabalho para a física moderna: “Queremos construir uma estrutura consistente que funcione tanto para átomos quanto para galáxias. Se isso se confirmar, será um passo enorme na busca por uma teoria quântica da gravidade.”

Embora os resultados sejam preliminares, o estudo da Universidade de Viena abre caminho para uma abordagem diferente no entendimento do universo. Se os testes futuros confirmarem as previsões, a física pode estar diante de uma nova forma de descrever a gravidade e de finalmente resolver o mistério da matéria escura.

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Gabriel Rodrigues

Entusiasta de Astronomia e Astrofísica, criador e escritor do blog

Gabriel Rodrigues

Entusiasta de Astronomia e Astrofísica, criador e escritor do blog

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